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Como Aprende o Bebé

Embora seja algo muito complexo, que consta de muitos aspectos e variantes, podemos distinguir vários mecanismos que permitem e caracterizam a aprendizagem.
Vejamo-los:

1. A adaptação - Uma grande parte da aprendizagem ocorre por meio dela. Em virtude deste processo, quando o bebé enfrenta um novo problema ou actividade, faz uso de esquemas ou padrões de conduta prévios para o resolver.

Assim, por exemplo, quando se dá, pela primeira vez, uma bolacha a uma criança de dez meses, recorre à sucção para a comer. Este não é m procedimento que garanta um resultado plenamene satisfatório. Contudo, está a dar o primeiro psso da adaptação, que se denomina assimilação, quer dizer, a criança usa o método antigo (chupar ou chuchar) para resolver um problema novo.
Depois de várias tentativas, descobre que se morder um bocadinho de bolacha com os únicos quatro ou seis dentes que tem e a dissolver na boca, tudo será muito mais fácil. Este é o segundo passo, denominado acomodação. Acaba de descobrir um método melhor e está a aprefeiçoá-lo.

Depois de um pouco de prátia, não terá nenhum problema para comer bolachas correctamente. Assim, fnalmente, terá alcançado o equilibrio.
Os pais dispõem aqui de grandes oportunidades de colaborar no desenvolvimento dos seus filhos pequenos. Trata-se simplesmente de facilitar objectos inofensivos para que o bebé os manipule e interaja com eles. Estes não têm de ser caros ou desenhados expressamente para ese propósito.
(...)
A presença ocasional do pai ou da mãe nestas actividades torna-as mais estimulantes, e o bebé sente-se mais motivado a explorar por si mesmo.
Mas a aprendizagem não é só adaptação. Existem outras formas de aprender.

2. A Imitação - Desde muito pequenas, as crianças observam e copiam indiscriminadamente o comportamento de outros crianças e adultos. Alguns investigadores constataram que os bebés de duas semanas podem imitar gestos faciais (por exemplo, deitar a língua de fora). Se bem que seja certo que esta faculdade tende a desaparecer, volta com força aos 8 ou 9 meses. A partir daí, o pequeno que nem sequer começou a andar, levará o pente à cabeça e a coler à boca, ou o corta-unhas ao dedito, tentando assim imitar os usos familiares.

Este tipo de aprendizagem tem muito valor na altura de transmitir bons hábitos. Por isso tanto as mães como os pais devem interrogar-se se existem condutas na sua rotina que não desejariam que os seus filhos copiassem.

3. Os reforços ou recompensas - Quando a criança realiza uma acção que traz consigo alguma forma de recompensa, terá a endência de a repetir.

É frequent observar como os pequenos de apenas 4 ou 5 meses mostram expressões faciais engrançadas, enrugando o nariz ou efectuando algum gesto estranho.
O adulto ri-se, eforçando assim a condta. Depois disso, e sobretudo se o estímulo continuar, o bebé fará esses gestos com frequência, talvez durante semanas.

Os pais, através dest mecanismo, contam com um meio muito importante para que as crianças aprendam coisas novas. Recompensar as crianças com palavras de aprovação e manifestações afectivas quando fazem o que devem, pode ser muito útil para que desenvolvam faculdades fundamentais, como andar, falar, ou controlar os esfíncteres.

in "A Criança, a arte de saber educar" - Raúl Posse e Julián Melgosa

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