Apaixonar-se é sempre mágico. Parece eterno, como se o amor fosse durar para sempre. Acreditamos, ingenuamente, que de alguma maneira estamos isentos dos problemas que os nossos pais tiveram,livres das probabiliades da morte do amor, certos de que era para ser assim e que estamos destinados a viver felizes para sempre.
Mas quando a magia desaparece e a vida quotidiana assume o poder, emerge que os homens continuam a esperar que as mulheres pensem e reajam como os homens, e as mulheres esperam que os homens sintam e se comportem como as mulheres. Sem uma consciência clara das nossas diferenças, não nos dedicamos a entender e respeitar um ao outro. Tornamo-nos resmungões, ressentidos, judiciosos e intolerantes.
Com a melhor e mais amável das intenções, o amor continua a morrer. De alguma forma os problemas vão-se introduzindo. Os ressentimentos edificam-se. A comunicação sucumbe. A desconfiança aumenta. Os resultados são a rejeição e a repressão. A magia do amor está perdida.
Perguntamo-nos: Como pode isto acontecer? Por que acontece? Por que acontece connosco?
Para responder a estas perguntas, os nossos maiores pensadores têm desenvolvido modelos psicológicos e filosóficos brilhantes e complexos. Mesmo assim, o velho padráo retorna. O amor acaba. Acontece com quase todos.
Todos os dias, milhões de pessas procuram um parceiro para experimentarem aquele sntimento especial de amor. Todos os anos, milhões de casais juntam-se com amor, separando-se depois, dolorosamente, porque perderam aquele sentimento amoroso. (...)
Muito poucos, de facto, são capazes de crescer em amor. Ainda assim, isso acontece. Quando os homens e as mulheres são capazes de respeitar e aceitar as suas diferenças, então o amor tem uma oportunidade de desabrochar. (...)
O amor é mágico, e pode durar, se nos lembrarmos das nossas diferenças.
in "Os homens são de Marte, As mlheres de Vénus", John Gray
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